sexta-feira, 13 de maio de 2016

POESIA - exposição na biblioteca

Está patente na nossa biblioteca uma exposição de POESIA com trabalhos elaborados pelos nossos alunos durante a semana da leitura de 4 a 8 de abril e cujo tema era Elos de Leitura. Os alunos realizaram diversas actividades e produziram também poesias que só agora puderam ser expostos para divulgação na nossa comunidade escolar.
A titulo de exemplo destaca-se o poema que está no papel verde da esquerda  aqui nas imagens:


           
                Amor

Amor é uma pequena palavra
que dizemos a pouca gente,
pequena quando é dita,
mas enorme quando se sente.


Nesta pequena palavra
estão contidos muitos sentimentos:
amizade, carinho, amor...
para se poder ter uma vida feliz
e nela não existe dor.


Por isso é que o meu nome é amar,
e o meu apelido era sofrer,
mas isso mudou quando percebi,
que eu preciso é de sonhar,
sonhar em te ter.
Não existe um amor impossível,
pois quem ama faz tudo,
tudo o que for preciso
até que seja possível
viver como um sortudo
e andar com um sorriso
por se estar feliz
como se vivesse no paraíso.

                                        JP 8ºE


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terça-feira, 3 de maio de 2016

Cirilo Pinho - Optometrista / Contactologista

Multiópticas

O rastreio de acuidade visual é minucioso


Do trabalho que hoje acompanhou junto da nossa população escolar, que conclusões obteve?
Este rastreio não quantifica valores e apenas qualifica visualmente, isto é, não fornece com a máxima exatidão os números relativos às necessidades optométricas dos alunos. De uma maneira geral, os alunos aqui consultados veem razoavelmente bem. De todos os que rastreámos, 15 poderão precisar de fazer consulta em optometria, o que corresponde a pouco mais de 20%, porque apresentaram valores inferiores aos normais para a idade. Maioritariamente, a população escolar vê bem.

Relativamente aos alunos que manifestaram pequenos distúrbios visuais, quais as causas por si apontadas para que tal suceda?
Os maiores problemas visuais situam-se muito na base da metropia, ou seja, os problemas resultam muito de erros refrativos: a hipermetropia, a miopia e o astigmatismo. Essas são as falhas mais frequentes na população destas idades.

Nesses casos, será que as tecnologias têm a sua influência?
Sim, têm. A acuidade visual está completamente viciada em ecrãs, muitas vezes de dimensão muito reduzida, e os jovens acabam por passar muitas horas em visão próxima, quer seja com computadores, quer com telemóveis, sobretudo, o que sobrecarrega o esforço visual nas tarefas «de perto», causando dificuldades na visão «de longe». Assim, a visão fica estruturada para tarefas de exagerada proximidade e habitua o organismo a fazer aquilo que lhe pedimos. Se um jovem passa muito tempo em tarefas de visão muito próxima, quando olham em frente começam a ter mais dificuldade. Por vezes, basta passar uns dias sem tantas tarefas excessivas, que a visão acaba por melhorar. O facto de estarmos muito expostos às novas tecnologias pode originar erros refrativos.

Os alunos são recetivos às consultas aconselhadas?    
Os alunos com distúrbios visuais verificaram objetivamente as dificuldades, pelo que não saíram com dúvidas a esse nível. Agora, o que pedimos aos alunos e respetivos pais é que tenham o documento que receberam como uma medida de bom aconselhamento técnico, no sentido de marcarem uma consulta de oftalmologia ou optometria.

Há alguma mensagem especial que queira deixar aos jovens estudantes, para melhor protegerem a visão?
O conselho que dou, e agora que vamos entrar no verão, é que devem usar óculos de sol, e sempre que haja uma situação de exposição solar muito intensa. Devem evitar usar o telemóvel muito próximo dos olhos e fazer pausas após cada período de dez minutos. Isto aplica-se aos computadores, já que a exposição muito prolongada aos dispositivos com ecrã é muito prejudicial ao conforto da visão. No fundo, cada pessoa deve comportar-se dentro dos limites de bom-senso, fazendo o que tem a fazer, mas não constantemente. Por fim, nunca devemos descurar a necessidade de descanso, como forma de recuperar o esforço diário dado às tarefas que temos, sem esquecer uma boa alimentação, associada à prática de desporto. A qualidade de vida depende, e muito, destes factores.

Entrevista conduzida por Hélder Ramos
Foto de José Sá
Cláudia Moura - Médica dentista
Fisiovar

Mais um bom resultado 
Presente nesta edição da Feira da Saúde, qual lhe parece ser a tendência dos cuidados de higiene oral dos nossos alunos?
Registo uma melhoria significativa, comparativamente com os anos anteriores. Noto que havia muitos problemas associados a casos sociais graves, o que já não se verifica tanto. E praticamente no final deste dia, só detetei dois casos que requerem outro acompanhamento.

A higiene oral confina-se ao tratamento dentário?
Não. A higiene oral interfere muito com a imagem social que cada um revela. Pensando concretamente na idade dos alunos que rastreámos, os cuidados com a nossa higiene oral são cada vez um cartão de visita, quer queiramos, quer não. Por exemplo, os jovens já têm a noção de que a procura de emprego pode ficar condicionada pela falta de cuidados de saúde, o que os leva a procurar mais o médico e a programar novos regimes de tratamento.

Que mensagem deixa aos nossos alunos, para que estas melhorias continuem a verificar-se?
É preciso fazê-los ver que, se não for o próprio jovem a cuidar de si, mais ninguém o faz. E não deve pensar apenas na saúde oral, mas no todo que é o seu organismo. Embora muitas pessoas não valorizem devidamente os cuidados de higiene dentária, é importante sublinhar que a saúde oral interfere muito significativamente no bem-estar geral de cada um. O caminho só pode ser um: o da prevenção. O Estado tem aqui uma responsabilidade acrescida, ao manter o auxílio fornecido através dos cheques-dentista, muito especialmente àquelas famílias de menores recursos financeiros.

Prevê novas melhorias nos cuidados de saúde oral, após o alargamento da idade de benefício?
Não tenho qualquer dúvida. Num prazo de dois, três anos, havemos de ter bons resultados em alunos mais velhos que aqueles que neste dia acompanhámos, o que faz prever excelentes resultados. A comparação que hoje fazemos com os dados de há quatro anos, permitem-nos afirmar que estes esforços valeram a pena, apesar de sabermos que ainda há famílias que não valorizam os investimentos na saúde. Em suma, há que prosseguir o caminho da informação, incentivando hábitos saudáveis em meio familiar.


Entrevista conduzida por Hélder Ramos