MANUEL MÁRIO CRAVO BOLA
Rua dos Construtores Navais
Gafanha da Nazaré
Manuel Mário Cravo Bola nasceu na Gafanha da Nazaré, precisamente no dia do armistício da II Guerra Mundial, e desde muito cedo conviveu com a arte da construção naval, indústria que trouxe enorme prosperidade nas décadas de 30, 40, 50, 60 e 70, no século passado, por via das actividades inerentes à pesca do bacalhau à linha nos bancos da Terra Nova (Canadá) e na Gronelândia.
Rua dos Construtores Navais
Gafanha da Nazaré
Manuel Mário Cravo Bola nasceu na Gafanha da Nazaré, precisamente no dia do armistício da II Guerra Mundial, e desde muito cedo conviveu com a arte da construção naval, indústria que trouxe enorme prosperidade nas décadas de 30, 40, 50, 60 e 70, no século passado, por via das actividades inerentes à pesca do bacalhau à linha nos bancos da Terra Nova (Canadá) e na Gronelândia.
Foi aos oito anos que começou a trabalhar a madeira para a construção dos barcos, com uma enxó que era praticamente do seu tamanho, nas palavras do próprio, nos muito afamados ESTALEIROS MÓNICA, na Gafanha da Nazaré, onde acorreram homens de quase todo o País, particularmente do Minho e das Beiras, levando consigo famílias completas para viver naquela Vila.
A substituição da madeira, como matéria-prima essencial na construção naval, pelo aço, fê-lo demandar os ESTALEIROS DE S. JACINTO, onde entrou como aprendiz de serralheiro e onde ganhou os conhecimentos de Mecânica. Começou como Ajudante de Máquinas e foi ascendendo até à categoria de Primeiro Motorista, nos barcos de longo curso e, anos mais tarde, nos barcos da pesca costeira, sempre como Chefe de Máquinas, responsabilidade a que ficou profissionalmente vinculado até se reformar.
Porque o gosto pela arte da construção naval sempre lhe foi muito intrínseco, Manuel Mário aproveitava os seus tempos livres para consultar bibliografia, documentos diversos e projectos de construção de barcos, para proceder à reprodução, à escala, de exemplares da frota pesqueira portuguesa do bacalhau à linha, com especial incidência na construção dos modelos construídos pelos ESTALEIROS MÓNICAS, onde existiu uma autêntica escola de engenharia naval portuguesa, onde foram formados autênticos mestres.
A sua casa abriga todas as peças por si construídas e inúmeros instrumentos afins da navegação, para além de objectos pitorescos que foi recolhendo pelos continentes que visitou. Actualmente, está entregue à recuperação de bitáculas e giro-bússolas, peças de extrema relevância para a vida do homem no mar e de rara beleza material. E porque sente o espaço muito reduzido, a sua vida tem sido de constante empenho para conquistar um local onde possam ser apreciados os belíssimos exemplares que se assumiram como genuínos embaixadores do nosso País, durante muitos anos.
Para mais informações consultar:
http://manuelmariominiaturas.blogspot.com/