sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Ação de formação do corpo docente

PENSAR A PROFISSÃO DOCENTE
ATRAVÉS DA INTERAÇÃO ENTRE PARES

O palestrante acompanhado
 pela Diretora do AEO

Este foi o tema da ação de formação que teve lugar no dia 27 de janeiro, na Escola Secundária José Macedo Fragateiro, e agregada no Plano Anual de Atividades do Agrupamento de Escolas de Ovar (AEO). Inserida no plano de melhoria dos resultados escolares, a iniciativa contou com a participação dos docentes dos vários níveis de ensino do AEO.  



O Auditório Maria Cecília Oliveira esteve repleto para assistir à sessão apresentada pelo convidado José Matias Alves, reputado investigador em ciências sociais e ciências da educação, atualmente a desempenhar funções docentes na Faculdade de Educação e Psicologia, da Universidade Católica Portuguesa.

Na alocução inicial, Matias Alves traçou as linhas genéricas do seu currículo académico e apresentou as expectativas da sessão, abrindo os trabalhos por enumerar os quatro maiores problemas da profissão docente.

Trata-se, e de acordo com os estudos realizados, de uma profissão complexa e desafiante; de solidão deontológica (em que a resolução de problemas fica, não raro, a cargo do próprio docente, o que gera angústias crescentes); de exigência excessiva (mormente por via do défice de existência dos alunos, de que advém a sobredimensionalidade do «mandato pedagógico», causadora da tão continuada exaustão); e de entrega total, porque o verdadeiro âmbito de responsabilidade e trabalho supera imenso o espaço circunscrito da sala de aula.

Perante as dificuldades inerentes ao ato de ensinar, o orador expôs como principais desafios a prática da cooperação profissional, em ordem a elevar o patamar de resposta às dificuldades mais sentidas. Por conseguinte, revela-se de capital importância apostar nos requisitos de confiança e de conhecimento mútuo entre docentes, para criação de um método comum de trabalho que se apresente construtivo e em aperfeiçoamento durável, ao contrário de tendências políticas nem sempre esclarecidas.     

Prosseguindo os trabalhos, Matias Alves deu início à leitura de questões formuladas pelos presentes, centradas na promoção do sucesso dos alunos e nas angústias suscitadas pelo empenho à causa pedagógica. Em resposta, referiu os docentes devem saber gerir o equilíbrio entre a homogeneidade e a diversidade de expectativas de aprendizagem, sem incorrer em facilitismos.

Citou, a este propósito, o psicólogo soviético Lev Vygotsky, que definiu o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que viria a ter uma enorme influência nos meios educacionais europeus e norte-americanos, a partir da década de 60, do século passado. A ZDP consiste na relação entre o nível atual de desenvolvimento de um aluno, determinado pela sua capacidade de resolver problemas individualmente, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de problemas, tendo o professor como mediador do processo de aprendizagem, de forma a incrementar os talentos dos alunos.

Em seguida, Matias Alves salientou os deveres do profissional do ensino, situados tanto na promoção das aprendizagens dos alunos, como no concurso para a valorização do conhecimento, na elevação da qualidade das práticas quotidianas. Torna-se, portanto, premente favorecer a eficácia das dinâmicas cooperativas, entre respostas organizacionais promotoras do sucesso, não de um indivíduo isolado, mas de uma comunidade inteira.
Troca de impressões na conclusão dos trabalhos

Matias Alves apontou a gestão mais inteligente do tempo disponível como estratégia fulcral capaz de transformar progressivamente o modo de olhar para a profissão, tornando-a mais solidária e comprometida na construção dos recursos em atualização sempre urgente. Para além disso, e porque se sofre exageradamente pela solidão imposta pelas tarefas infindáveis e exigentes, é imperioso passar a apostar ainda mais no trabalho partilhado, apesar dos constrangimentos associados à limitada disponibilidade horária.
            
Ao concluir os trabalhos, Matias Alves agradeceu a presença dos docentes do AEO e mostrou-se totalmente disponível a colaborar com este género de iniciativas, porquanto promotoras da melhoria dos índices de sucesso pessoal e institucional, deixando um desafio aos docentes do Agrupamento de Escolas de Ovar: «sejam autores e não meros executores de um programa!», certificou.
  
Texto de Hélder Ramos
Fotos de José Sá


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

CONCURSO MAIS E MELHORES LEITORES (2016)


 A fase final do Concurso Mais e Melhores Leitores vai decorrer
no dia 20 de abril de 2016 .
Todos os participantes devem consultar a lista de livros e nº de exemplares disponíveis na nossa biblioteca. 



Destaca-se em relação à Escola José Macedo Fragateiro no 3º ciclo a necessidade de ler "O Ultimo Grim" de Álvaro Magalhães e no secundário "O cemitério de pianos" de José Luís Peixoto.

sábado, 16 de janeiro de 2016

VERGÍLIO FERREIRA - no centenário do seu nascimento

Nasceu em Melo, na Serra da Estrela, no dia 28 de Janeiro de 1916, e faleceu em Lisboa, no dia 1 de março, em 1996. 
Frequentou o seminário do Fundão e licenciou-se em Filologia Clássica, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. 
A par do trabalho de escrita, foi professor de Português e de Latim em várias escolas do País. 

«(...) E este mundo complexo, amealhado com suor, com o sangue que me aquece, um dia, um dia, - eu o sei até à vertigem - será o nada absoluto, dos astros mortos, do silêncio. Mas tudo isto é quase falso, é quase estúpido só de estar a pensá-lo, a dizê-lo, porque a sua evidência é um milagre instantâneo. (...)»   p.11
«(...) O tempo não passa por mim: é de mim que ele parte, sou eu sendo, vibrando. Como imaginar o futuro? Sou agora irremediável como a absurdez de uma pedra, como uma obstinação. O que o sonho mal é um sonho; porque o espero violentamente, o desejo na experiência do meu corpo, das minhas vísceras - como deve ser realizável o pão à fome de quem nunca o teve. (...)»   p.273 
in Aparição, Vergílio Ferreira, Bertrand Editora, 
75ª edição, Lisboa 2005 (livro nº8865, da nossa biblioteca) 
Prémios atribuídos
Prémio D. Dinis (1981)
Prémio Literário Município de Lisboa (1983)
Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (1984, 1991)
Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários (1984)
O escritor no seu espaço de leitura e escrita
Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB (1987)
Prémio Jacinto do Prado Coelho (1987)
Prémio Camões (1992)
Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa (1992)
Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB (1993)
Prémio P.E.N. Clube Português de Ensaio (1993)


Dois documentários videogravados:
https://www.youtube.com/watch?v=R7j6MeztuAc
4:13
https://www.youtube.com/watch?v=qFmQcJZgx58
9:06

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Oficina de escrita criativa e de ficção, na biblioteca.



A partir de 21 de janeiro de 2016 vai decorrer na biblioteca da Escola Secundária José Macedo Fragateiro uma oficina de escrita criativa e de ficção destinada a alunos, professores e encarregados de educação. A oficina decorrerá de 15 em 15 dias, Quinta-Feira, entre as 16:15 h e as 18:20 h sob a  orientação da professora Rosa Oliveira.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Primeira Fase do CMML e do CNL de 2016

Já são conhecidos os resultados da prova escrita da primeira fase dos Concursos (CMML) e (CNL) que se realizaram na nossa escola em 12  de janeiro,

Para a fase seguinte do CNL - Concurso Nacional de Leitura - ficaram apuradas para a fase seguinte as 3 alunas que obtiveram as pontuações mais elevadas. Quanto ao CMML, oportunamente serão dadas mais informações, mas podem desde já consultar a pontuação obtida pelos participantes na imagens abaixo.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Prova da Primeira Fase do CMML e do CNL de 2016

Realiza-se hoje, na Escola José Macedo Fragateiro em Ovar, a prova inicial de seleção para o CMML (Concurso Mais e Melhores Leitores 2026) e  CNL (Concurso Nacional de Leitura 2016)
As provas pretendem selecionar os melhores para participarem nas fases seguintes destes dois concursos.
CNL 2016 e CMML 2016 na Escola José Macedo Fragateiro em Ovar
Podem Ver nas imagens os nomes dos alunos que vão participar.
Alunos inscritos para o CNL e CMML de hoje, 12 de janeiro de 2015

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Cantar os reis em Ovar - 2016

Durante o dia de hoje, 5 de janeiro de 2016, várias Troupes de Reis estiveram na Escola Secundária José Macedo Fragateiro em Ovar para Cantar os Reis em 2016. Esta manhã vieram até ao nosso auditório mostrar as suas musicas originais duas Troupes Infantis: a da Escola Básica do Carregal e a da Escola da Habitovar ambas do nosso Agrupamento de Escolas de Ovar.  Mas a festa continuou durante a noite com várias Troupes de Reis adultas apresentaram os seus cânticos originais na nossa escola. Ao longo dos próximos dias a nossa escola vai ainda receber outras troupes infantis que se deslocarão até cá para Cantar os Reis em 2016.
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 O Cantar dos Reis em Ovar é uma tradição vareira com 128 anos de história. São 16 troupes adultas e 8 infantis que  todos percorrem muitos locais de Ovar para cantar os Reis, com as suas 3 músicas originais nesta época do ano. IMG_20160105_101900 IMG_20160105_102144
Tradicionalmente o repertório de cada troupe é renovado ano após ano, sendo constituído habitualmente por três trechos: "A SAUDAÇÃO" (onde é louvada a Noite Santa dos Reis e são saudados os presentes), "A MENSAGEM" (onde se celebra o nascimento de Jesus e os seus ensinamentos) "O AGRADECIMENTO" (onde, num tom muito mais ligeiro, são pedidas as habituais ofertas e é agradecida a hospitalidade).