quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Nos 80 anos da morte de Fernando Pessoa

O dia 30 de novembro de 1935 ficou marcado pelo desaparecimento de Fernando Pessoa, aos 47 anos.

Uma impiedosa cirrose hepática obrigou ao seu internamento no Hospital de São Luís dos Franceses, no dia anterior, não tendo sido possível encetar a recuperação. 
Evocação de Fernando Pessoa - trabalho coletivo do 12ºF

Nos últimos momentos da sua vida, pede os óculos e chama os seus heterónimos, tendo pronunciado uma última frase:
“I know not what tomorrow will bring” 

A fraqueza do fígado, provocada pelos excessos de álcool, levara para sempre o maior poeta português do século XX, assim por muitos considerado, tendo, a partir de então, despertado interesse em sucessivas gerações.


A morte é a curva da estrada,

A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.
A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.
23-5-1932
Poesias, Fernando Pessoa, Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor, Ática, Lisboa, 1942 (15ª edição: 1995), p. 142

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